A Diabetes, ou Xiao Ke em chinês – caracteriza-se pela dificuldade do Organismo em utilizar a sua principal fonte de energia – o açúcar ou glucose – e, consequentemente, desregular as glicémias, que são os valores do açúcar medidos no sangue.
Esta doença está no topo das tabelas das doenças que mais afetam o ser humano, sendo que, a diabetes é mortal por diversas causas – acidente vascular cerebral, acidente cardiovascular, insuficiência renal, que leva à perda dos rins e à hemodiálise de forma crónica, maior facilidade em contrair infeções e uma maior probabilidade de ter doenças cancerígenas. Também pode resultar na perda dos membros inferiores por amputação em consequência de feridas que não cicatrizam e por conseguinte gangrenam. Justamente os diabéticos têm maior dificuldade em cicatrizar feridas.
Segundo a OMS – Organização Mundial de Saúde, há mais de 150 milhões de pessoas com Diabetes em todo o mundo, número que duplicará até 2025. Números assustadores!
Em Portugal, segundo o Relatório Anual do Observatório Nacional da Diabetes de 2016, cerca de 13% da população portuguesa tem diabetes.
A Diabetes classifica-se em tipo I e II, sendo que 10% dos diabéticos padecem do tipo I. Esta forma aparece na infância ou adolescência, sendo também conhecida como Diabetes Juvenil. Já o tipo II, frequentemente, é hereditário e surge, regra geral, após os 40 anos. Neste caso, o pâncreas produz insulina, o problema está na incapacidade de utilização desta pelo Organismo, por resistência periférica à insulina. Ou seja defesas erradas no nosso organismo atacam a insulina tornando-a inoperante.
Ora se a insulina serve para transportar o sangue para dentro dos órgãos e do cérebro, num diabético os órgãos cérebro e células têm “fome” enquanto o açúcar se acumula no sangue.
A Medicina Chinesa ajuda os diabéticos há milhares de anos abordando esta doença como um desequilíbrio energético onde se analisam as causas mais profundas para o surgimento da diabetes. Por norma, o tratamento envolve duas das disciplinas mais poderosas da Medicina Chinesa: a Acupunctura e a Fitoterapia.
Muitas vezes, no decurso dos tratamentos de Medicina Chinesa conseguimos, progressivamente, reduzir a medicação, sendo imprescindível, em primeiro lugar estabilizar os valores da glicémia.
Por exemplo, quando consulto um diabético que quer emagrecer é frequente que, as glicémias estabilizem para valores considerados normais sendo que, nessa circunstância, se deve parar a medicação sob pena de causar hipoglicémias. Daí que recomendo sempre que o paciente vigie de forma mais atenta os valores da glicémia. O excesso de gordura é prejudicial para todas as pessoas, no entanto, para os diabéticos, dada a maior resistência à insulina das células gordas, torna-se ainda mais importante a perda de gordura.
No que respeita aos cuidados alimentares, a Medicina Chinesa, aconselha uma alimentação rica em glicósidos do tipo polissacarídeo – cereais integrais, leguminosas e saladas -, contribuindo assim para a estabilização da evolução da doença.
A Acupunctura e algumas fórmulas chinesas tais como Harmo Splen e F3606 Tang Niao Ning Kou Fu Ye, contribuem para melhorar os valores do açúcar do sangue e para prevenir os malefícios da diabetes, fazendo com que os diabéticos vivam mais e melhor.