Introdução

Nos últimos anos, a sociedade civil tem vindo a ser sensibilizada cada vez mais para os riscos associados ao ato de fumar. As entidades oficiais de saúde fizeram do tabagismo uma das suas principais lutas através de exaustivas campanhas informativas e preventivas que visam diminuir o cômputo de fumadores e com isso salvar o maior número de vidas possível. Apesar da diminuição lenta dos números, estes ainda são elevados, com as estatísticas a serem pouco animadoras. Porquê?

O tabaco é uma dependência profunda 

 “Fumar mata” é uma frase conhecida por todos os fumadores, mas que infelizmente não os demove de fumar. E a razão é só uma: deixar de fumar é uma tarefa dificílima sem um verdadeiro tratamento! 

Constituída por inúmeras substâncias nocivas, o tabaco tem na nicotina o seu principal agente bioquímico. A nicotina é uma substância psicoativa altamente viciante, que leva a alterações do SNC (Sistema Nervoso Central), condiciona a bioquímica cerebral assim como funções fisiológicas naturais e leva a alterações comportamentais e emocionais, causando, em casos extremos, alterações ou transtornos psicológicos no fumador.

O tabaco é considerado uma droga e quem é fumador sofre as mesmas contingências de quem consome um estupefaciente. A sua dependência é elevada, com a pessoa a tornar-se aos poucos tolerante a ele, necessitando aumentar o seu consumo para se sentir satisfeito. Com a sua privação, o fumador experimenta sintomas de abstinência agudos, com grande sofrimento físico e psicológico, e pode chegar a ter comportamentos compulsivos de consumo. Fumar passa a ser uma profunda necessidade física e psicológica, condicionando todos os aspetos da vida da pessoa.

As diversas formas de ingestão de nicotina 

 Se há muitos anos o consumo de tabaco se cingia às formas tradicionais (cigarro, cachimbo e charuto), nos tempos mais recentes surgiu o cigarro eletrónico, uma via alternativa que visa convencer que é mais segura e menos viciante, mas que não passa de uma ilusão que leva as pessoas a continuar a consumir altos níveis de nicotina.

Os adesivos de nicotina foram a forma encontrada, a nível médico, para substituir o consumo de tabaco, mas que mantém a pessoa em contínuo contacto por muitos meses com a nicotina, uma substância que é altamente viciante e que deixa a porta aberta ao regresso ao tabagismo.

Independentemente da via de consumo da nicotina, esta substância é extremamente maléfica para o organismo, especialmente a longo prazo. Os estudos científicos apontam que provoca:
- Patologias cardiovasculares: hipertensão, risco de AVC ou enfarte, doença arterial periférica, etc.

- Alterações cerebrais a nível dos neurotransmissores, provocando desequilíbrios no humor, na concentração e na memória, especialmente nos momentos de privação.

- Perturbações do aparelho gastrointestinal, sendo as mais comuns a gastrite e a úlcera.

- Enfraquecimento do sistema imunitário.

- Alterações da densidade óssea que podem levar à osteoporose.

- Aumento do risco de aparecer diabetes e de sofrer complicações decorrentes desta.

- Diminuição do fluxo sanguíneo, que produz o envelhecimento precoce da pele e dificulta a cicatrização de feridas, doenças gengivais por perda na microcirculação das gengivas (e com isso à diminuição da vitalidade dos dentes), dificuldade em ter ereção, etc.

- Redução de fertilidade em homens e mulheres. Na gravidez, podem surgir complicações de diversa ordem, inclusive afetar o crescimento fetal.

Como se pode comprovar, embora a nicotina seja apenas uma das inúmeras substâncias nocivas que se encontram no tabaco, ela, por si só, já tem bastantes malefícios para o organismo e por isso deve ser evitada a todo o custo, independentemente da sua via administrativa. 

O tabagismo é uma doença

A Medicina Tradicional Chinesa (MTC) entende que o tabagismo é uma doença e por isso deve ser abordada e tratada como tal.

Para se tratar uma qualquer doença corretamente é necessária uma terapêutica que produza ações no organismo muito precisas que levem à cura. Se a abordagem terapêutica for incompleta é bastante provável que o corpo não se chegue a curar, mantendo-se a doença ativa até que o corpo consiga lidar com ela, o que pode nunca acontecer.  

Com o tabagismo é geralmente isto que acontece. Tenta-se tratar uma doença crónica e profunda com métodos paliativos, cuja eficácia não é suficiente para tratar as diversas áreas doentes do corpo, o que leva a que a doença (tabagismo) nunca fique devidamente cuidada. Esta é a principal razão da ineficácia de muitas abordagens que existem no mercado, em que apenas atuam num sintoma singular da doença ignorando outros aspetos, o que leva a uma taxa de eficácia baixa.

O Método Pedro Choy de Desabituação Tabágica 

Nas Clínicas Pedro Choy abordamos o tabagismo como uma verdadeira doença. A nossa metodologia visa tratar os diversos elementos do organismo que estão afetados por esta patologia, aumentando consideravelmente a possibilidade de esta ser revertida.

Para que o doente deixe de fumar atendemos às diversas necessidades do organismo do fumador, ou seja, tratamos todos os sistemas que estão comprometidos pelo tabaco, de forma a minimizar tanto a dependência como a abstinência à nicotina.

Os sistemas orgânicos que geralmente estão comprometidos e que necessitam ser equilibrados durante as etapas de desabituação tabágica são:
- Cérebro (funções bioquímicas e psíquicas).

- Sistema cardiovascular.

- Sistema pulmonar.

- Sistema hepático.

Destes, o cérebro é o que se reveste de maior importância, por ser o mais comprometido, mas também por ser central para o equilíbrio fisiológico do organismo, onde ocorre a atividade mental-emocional e, principalmente, onde se desenrola toda a dependência física e psicológica à nicotina.

Além de tratar os sistemas acima referidos, atuamos em vários aspetos psicológicos fundamentais para o sucesso de quem deixa de fumar:
- Estimulamos a força de vontade;

- Reduzimos a ansiedade e o stress, havendo uma maior estabilidade psicológica para lidar com as dificuldades do dia a dia. 

- Acordamos o instinto inato de sobrevivência e de autopreservação do corpo que se designa por “Po” na MTC, que na maior parte das vezes está muito afetado por décadas de consumo de tabaco, e que se reveste de uma importância basilar para o sucesso do tratamento desta doença. 

É por isso que procuramos sempre tratar o organismo do fumador no seu todo, sempre de acordo com as necessidades individuais de cada doente. Só com tratamentos personalizados podemos regular o melhor possível os seus sistemas, devolvendo o equilíbrio funcional, tanto na etapa de desabituação tabágica como na fase de cessação tabágica, onde o corpo reaprende a operar sem as substâncias químicas do tabaco, sentindo conforto durante todo o processo.

As etapas da nossa metodologia

 O nosso tratamento é efetuado em duas etapas:

- A primeira visa permitir que o doente deixe de fumar com o mínimo de esforço e em que o organismo fica o mais preparado possível para a etapa seguinte, que é a mais importante. O doente reduz gradualmente a quantidade de cigarros que consome diariamente, de acordo com as suas possibilidades, geralmente num período temporal curto e que pode variar de alguns dias a algumas semanas. O nosso tratamento facilita a redução dos cigarros regulando o funcionamento fisiológico dos diversos sistemas afetados, principalmente o cérebro. Isso é conseguido por intermédio de um conjunto de pontos de acupuntura que são acompanhados por fitoterapia chinesa para se obter uma resposta orgânica otimizada. Cada protocolo antitabágico é individualizado e varia consoante as necessidades do doente.

- Na segunda etapa, o doente interrompe definitivamente o consumo do tabaco e entra em abstinência. Nesta fase, a terapêutica intenta contrariar os sintomas próprios da privação da nicotina: fome, alterações emocionais (mau humor, irritabilidade, depressão) e alterações do sistema nervoso (nervosismo, ansiedade, stress, angústia, insónias). Além disso, é regulado o funcionamento sistêmico do cérebro, para que a ausência da nicotina se faça sentir o mínimo possível, diminuindo a sua dependência bioquímica.
Para se consubstanciarem estes objetivos recorre-se à combinação de efeitos terapêuticos da acupuntura e da fitoterapia chinesa e, de acordo com o doente, pode haver um reforço da terapêutica para lhe proporcionar o maior conforto possível. A duração desta fase varia de alguns dias a algumas semanas, dependendo do caso a tratar. Quando o doente entende que se sente plenamente estável, sem experimentar inquietação por não fumar mais, o tratamento é dado como concluído.

Embora normalmente não seja necessário, em algumas situações, se houver vontade do doente, poderá haver um acompanhamento mais prolongado no tempo, em que se poderá administrar uma sessão de acupuntura de tempos a tempos, com o intervalo de alguns meses, de forma a que o corpo (especialmente o cérebro) se mantenha equilibrado. Afinal de contas, no dia a dia existem experiências que podem despertar o desejo pelo tabaco, pelo que o doente pode precisar de ajuda para não haver recaídas.

Conclusão

O Método Pedro Choy de Desabituação Tabágico é um método completo, que trata os diversos sistemas profundamente afetados por décadas de consumo de tabaco, quer na vertente fisiológica como na bioquímica. Ao longo das duas etapas que o compõem, a acupuntura e fitoterapia chinesa estimulam o corpo e o cérebro a produzirem as substâncias bioquímicas essenciais para o seu bom funcionamento), preparando o corpo de múltiplos modos para uma transição harmoniosa de sobrevivência sem a nicotina, tanto na fase de abstinência como posteriormente.

Por ser única, esta metodologia só se encontra nas Clínicas Pedro Choy e apenas os assistentes diretos do Dr. Pedro Choy a implementam. Embora baseado na MTC, este método é o resultado da experiência pessoal de mais de 40 anos do seu criador, tendo vindo a ser aperfeiçoado ao longo da sua existência.

Agora que já conhece com bastante detalhe o nosso método e sabe que pode contar com a nossa total assistência, então porquê adiar a sua vinda a uma das nossas clínicas?

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