Introdução
Apesar de a acupuntura ser utilizada com sucesso para tratar inúmeras patologias em quase todos os países do mundo, por vezes ainda surgem algumas dúvidas sobre a sua eficácia e segurança por quem não está por dentro do assunto, o que é normal.
As principais questões que são levantadas sobre a acupuntura são:
- Como funciona?
- É segura? Não faz mal?
- Com a ciência médica tão avançada, uma técnica tão antiga como a acupuntura ainda tem lugar nos cuidados de saúde?
São questões muito pertinentes e que têm vindo a ser respondidas, não de uma forma empírica, mas através da ciência. Anualmente centenas de estudos científicos procuram avaliar a eficácia da acupuntura em múltiplos problemas de saúde, ao mesmo tempo que tentam descortinar os mecanismos fisiológicos envolvidos terapeuticamente e se existe algum malefício envolvido neste tipo de cura. As conclusões desses estudos científicos são maioritariamente abonatórias, o que tem trazido cada vez mais confiança na acupuntura, e com isso mais procura nos seus cuidados.
O tema abordado neste artigo, se a acupuntura pode ser considerada segura, deve ser analisado por dois prismas:
- Se a inserção das agulhas de acupuntura resulta em algum malefício para o doente;
- Se o próprio tratamento de acupuntura tem algum efeito secundário.
Será através das respostas a este par de questões que é possível ter uma visão global sobre o quanto a acupuntura é confiável e inócua.
Riscos inerentes à inserção de agulhas na pele
A inserção de agulha na pele é algo que assusta as pessoas mais suscetíveis, principalmente porque associam este ato a dor e a danos no corpo, o que, na realidade, não ocorre na acupuntura. As principais razões são:
- As agulhas são muito finas (cerca de ¼ de mm de diâmetro) e penetram a pele com uma sensação mínima, praticamente sem a lesionar, daí dizer-se geralmente que não causa dor. Pode ocorrer pontualmente uma sensação temporária de formigueiro e, muito raramente, de uma ligeira dor momentânea. Um bom acupuntor minimiza o risco de formigueiro ou de dor.
- As agulhas são sempre esterilizadas e descartáveis. Além disso, nas Clínicas Pedro Choy é sempre desinfetada a área da pele em que a agulha é inserida, não havendo riscos de infeção.
- As agulhas são de aço inoxidável, metal que é hipoalérgico, com riscos muitíssimos baixos de causar uma reação alérgica.
- As agulhas são inseridas apenas 2-3 centímetros na pele, com a direcção adequada, o que faz com que não haja perigo de danificar um órgão.
- As agulhas nunca são inseridas em zonas do corpo proibidas ou de uma forma perigosa para a integridade física do paciente.
O que pode pontualmente acontecer, mesmo que se cumpram todas as normas e as boas práticas ao inserir-se a agulha na pele da forma ideal, é:
- Um pequeno hematoma no local da inserção de uma agulha;
- Uma sensação de formigueiro ou de dor, quase sempre muito ligeira e que passa umas horas depois (este fenómeno é muito raro).
Embora desconfortáveis, estas ocorrências são transitórias e não trazem qualquer perigo para a saúde do utente.
Pode-se concluir que o uso de agulhas de acupuntura não acarreta perigo para a saúde do doente, desde que sejam respeitadas todas as normas de segurança e as boas práticas terapêuticas, que são escrupulosamente empreendidas por um acupuntor devidamente formado e certificado, os únicos que legalmente podem exercer e tratar com acupuntura.
Riscos e efeitos secundários de um tratamento de acupuntura
No que concerne aos riscos ou efeitos secundários que os tratamentos de acupuntura possam eventualmente acarretar para a saúde do doente, as evidências apontam que são praticamente nulos.
Muitos são os estudos científicos que observam efeitos fisiológicos positivos no tratamento das mais diversas doenças, não sendo habitual relatos de sintomas ou efeitos indesejados, além dos que mais à frente serão explanados.
Isto deve-se ao seguinte:
- Um diagnóstico energético prévio ao tratamento permite uma escolha criteriosa dos pontos de acupuntura a serem utilizados no tratamento, com o objetivo destes serem os mais adequados para se obter uma resposta terapêutica positiva por parte do organismo, indo ao encontro das necessidades orgânicas.
- Embora se considere geralmente que os pontos de acupuntura têm um efeito orgânico positivo no organismo, o uso incorreto destes pode, em caso extremo, produzir um efeito energético contrário ao que se pretende, o que pode não beneficiar a saúde do doente. Por exemplo, deve-se evitar usar pontos que dispersam o calor e refresquem o organismo em patologias de natureza vento-frio, pelo risco de agravar a situação clínica do paciente.
- Está demonstrado que os pontos de acupuntura não provocam doenças.
Umas das explicações dadas pela ciência é que um ponto de acupuntura age no SNC (por via neurológica ou neuro hormonal), o que o leva a atuar no organismo por via simpática/parassimpática, mobilizando os bons recursos naturais do próprio organismo para melhorar o seu funcionamento fisiológico, invertendo a condição de saúde. Assim, ao induzir respostas naturais e positivas do corpo para este se auto beneficiar e tratar, pode-se concluir que a acupuntura é isenta de efeitos secundários ou malefícios.
Por exemplo, não há pontos de acupuntura que causem indigestão, obstipação, enxaquecas, asma, etc., contudo há pontos que tratam a digestão, o trânsito intestinal, a enxaqueca, a asma, etc.
- A acupuntura não utiliza substâncias químicas, logo não tem algum tipo de risco inerente a estas, como efeitos secundários ou dependência.
Embora um tratamento de acupuntura seja inócuo, há acontecimentos que ocorrem muito raramente durante ou após um tratamento de acupuntura (menos de 0,1%), que são a baixa repentina de tensão arterial, o aparecimento súbito de fadiga ou de cansaço, e ainda mais esporadicamente, o desmaio (sincope). Estas situações são passageiras e não têm consequências na saúde. Muitas vezes deve-se a um fator que não está relacionado diretamente com o tratamento, tal como o nervosismo, o pânico pelo medo incontrolável às agulhas, a quebra de tensão arterial pela mudança da posição, etc.
Conclusão
Como se constatou, a acupuntura apresenta riscos menores, passageiros e raros, sem consequências para a saúde do doente, não sendo um impedimento para se recorrer à acupuntura. Estas parcas situações são normalmente entendidas pelos utentes como algo normal dentro deste tipo de terapêutica e que em nada a desmerece.
Por todos os fatores anteriormente expostos, pode-se concluir que a acupuntura é considerada uma das terapêuticas mais seguras que há, desde que os tratamentos sejam realizados por um acupuntor certificado (o único profissional que legalmente pode fazer tratamentos de acupuntura). Só assim é que há garantia que terá acesso a um tratamento competente e seguro, tal como acontece nas Clínicas Pedro Choy! 😉
Palavras-chave: MTC, Pedro Choy, Acupuntura